quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Símbolos Natalinos.

O que é o Natal?

Como toda festa religiosa, o Natal é rico em símbolos. Por isso são poucos aqueles que conhecem suas origens e seus significados. O Natal marca a grande festa de solidariedade universal. Pois é comemorado em todo o mundo, até mesmo onde a população cristã é minoria. Podemos sentir que, quando o dia 25 se aproxima, uma certa ternura vai envolvendo a todos, e o ar fica carregado de uma grande expectativa. O Natal, enfim, cultiva nas pessoas sentimentos muitas vezes esquecidos, como o amor ao próximo. Muitos símbolos que frequentam vitrines iluminadas, a sala de nossas casas cria novos sons, melodias e cores que dão às nossas festas uma grande harmonia. Historicamente, não se tem certeza a respeito da data do nascimento de Jesus. Um acontecimento tão importante como a vinda do filho de Deus mereceria ser lembrado numa ocasião especial, de modo que todos facilmente incorporaram o costume de celebrá-la. Aí, é que entra o dia 25, nessa época do ano ocorre, no hemisfério norte do planeta, o chamado solstício de inverno que é o momento em que o sol, depois de atingir o ponto mais distante de sua órbita, reinicia seu caminho de volta fazendo com que os dias tornem-se mais longos. Foi da apropriação e do amálgama das festividades pagãs que surgiu o Natal, também como forma de converter os não-cristãos a aderirem ao cristianismo. A celebração do Natal é repleta de símbolos, que fizeram desta tradição uma das festas mais ornamentadas.

Símbolos Natalinos:

Guirlanda,
é um adorno natalino feito com flores, frutas e/ou ramagens entrelaçadas.
Durante o mês de dezembro, a guirlanda é utilizada nas casas, é composta de ramos de pinheiro ou cipreste, enfeites vermelhos, laços e quatro velas.
O uso da guirlanda refere-se a Roma Antiga, pois para os romanos oferecer um ramo de planta significa um voto à saúde, proporcionando o costume de enrolar os ramos em uma coroa.
Os romanos expunham as coroas nas portas para favorecer a saúde de todas as pessoas da casa.

A árvore de natal,
um dos principais símbolos natalinos, é mais antiga que o próprio sentido do Natal, Jesus Cristo. Aproximadamente dois milênios antes do nascimento de Cristo, os povos indo-europeus já utilizavam árvores com um fim religioso, pois criam que elas eram uma expressão da energia de fertilidade da Mãe Natureza.
Algumas tribos pagãs da Alemanha consideravam os carvalhos árvores santas, por isso realizavam sacrifícios humanos debaixo destas árvores oferecidos ao deus Odin. Uma das histórias diz que São Bonifácio, tentando acabar com este costume pagão, cortou um carvalho, que quando caiu, fez cair todas as árvores próximas a ele, com exceção de um pequeno pinheiro. Assim, havia acontecido um milagre, pois o pinheiro simbolizaria o menino Jesus.
Quando a árvore de natal tinha um caráter pagão, as pessoas a enfeitava para que, depois da queda das folhas no inverno, os espíritos das árvores voltassem. Da mesma forma, os cristãos passaram a ter o mesmo costume, no entanto essas decorações passaram a possuir um caráter diferente, significando alegria, bondade, amor, a benção de Cristo, etc.
A partir do século XVI, várias famílias alemãs passaram a decorar seus pinheiros, resultando em um costume que passou por várias gerações. A partir do século 19, a tradição chegou à Inglaterra, França e Estados Unidos. No século 20 virou tradição na Espanha e América Latina, chegando a virar costume até mesmo em países de clima tropical.

Ceia de Natal,
Para algumas pessoas a ceia natalina está ligada à última ceia de Cristo ao lado de seus discípulos, talvez realmente tenha alguma ligação. Porém, segundo consta na literatura a Ceia de Natal originou-se do antigo costume europeu de deixar as portas das casas abertas no dia de Natal para receber viajantes e peregrinos, e estes juntamente com a família hospedeira confraternizassem aquela data tão significativa para os cristãos. Para essa comemoração era preparada bastante comida, composta por diversos pratos. Essa tradição foi se espalhando pelo mundo e, em cada lugar sendo acrescentada uma particularidade local como, por exemplo, a adição do peru na ceia norte-americana, peculiaridade que logo passou a fazer parte dos costumes de outros países a exemplo o Brasil. A seguir os principais pratos presentes na ceia brasileira:

• Peru;
• Leitão;
• Arroz;
• Farofa;
• Castanhas;
• Nozes;
• Salada Tropical;
• Frutas (em especial as exclusivas do território brasileiro);
• Bolinhos de Bacalhau;
• Vinhos;
• Champagne, etc.
Mas nada o impede de inovar o cardápio e a decoração, de forma a deixar sua ceia natalina muito mais especial e exclusiva.

Panetone.
O delicioso pão dourado, recheado de frutas cristalizadas, há tempos faz parte da tradição natalina, está presente em todas as festas e ceias de natal.
Em sua forma tradicional, é um bolo de massa fermentada, feito com farinha de trigo, leite, ovos, passas e frutas cristalizadas.
O panetone foi criado na Itália e o hábito de consumi-lo nas festas de fim de ano iniciou-se em Milão, expandindo dos Alpes – no norte – à Sicília - no sul. Aos poucos passou a ser conhecido em outros países, tornando-se mundialmente conhecido.
Existem várias lendas a respeito do surgimento do panetone, porém a mais interessante e conhecida é a que aconteceu na cidade de Milão, no século XV, quando um jovem de família rica se apaixonou por uma plebéia, filha de padeiro.
O pai da moça não aceitava o namoro e o rapaz, para se aproximar da mesma e mostrar a seu pai que era uma pessoa de bem, disfarçou-se de padeiro e foi trabalhar em sua padaria como auxiliar. Passado alguns dias, resolveu criar um pão diferente, doce, misturando ao mesmo as frutas cristalizadas.
O pão ficou conhecido por ser muito gostoso e por sua forma diferenciada, copiando a cúpula de uma igreja.
Como o pão fez muito sucesso, o jovem passou a divulgá-lo como uma invenção do Sr. Toni, o pai da moça, ficando conhecido como Pão do Toni, que em italiano é dito pane del Toni, passando à panetone. O final dessa linda história dá pra imaginar.
Hoje em dia, nas proximidades de outubro, podemos ver os supermercados e lojas especializadas atraindo os clientes com esse produto. Porém, os tradicionais estão sendo trocados pelas novidades gastronômicas, como os panetones recheados com gotas de chocolate, do tipo musse de chocolate branco e preto, floresta negra, coca-cola, sorvete, trufas, doce de leite e goiabada, provando que é possível adaptar a invenção italiana à culinária de cada região.

Presépio.
A palavra presépio refere-se o local onde o gado é colocado ao ser recolhido, em outras palavras, refere-se ao curral. Também é utilizado em tempos de natal para referenciar o nascimento de Jesus em Belém. Sua origem data o século XIII quando São Francisco de Assis em noite de natal fez uma pregação acerca do nascimento de Jesus e com autorização do papa decidiu montar um cenário, esse foi feito com a imagem do menino Jesus em um presépio de palha rodeado por um boi e um jumento vivos para tornar aquele momento tão importante também real.


Os Reis Magos,
foram homens que guiados por uma estrela conseguiram visitar Jesus logo após seu nascimento. Reconhecidos como Baltasar, rei da Arábia de cor negra, Melchior, rei da Pérsia de cor clara e Gaspar, rei da Índia de cor amarela, representam os povos de toda cor e nação.
Traziam consigo presentes a Jesus que tinham um significado especial:
O ouro representava nobreza e era presente oferecido apenas para reis;
O incenso representava a fé e era presente oferecido apenas para sacerdotes;
A mirra representava perfume suave e sacrifício e era presente oferecido a profetas.
Na simbologia, os reis magos também representavam os ricos e poderosos que apesar de suas posses e conquistas se curvaram a Jesus, homem humilde que nasceu de um ventre virgem em uma estrebaria rodeada de animais mostrando que todos nós nascemos para servir o próximo independente de etnia e classe social.
No século XIX, os reis magos se tornaram distribuidores de presentes às crianças.
Conta a história, através do Evangelho segundo Mateus, que quando Jesus nasceu uma estrela anunciou seu nascimento e guiou os três Reis Magos, do ocidente até o local onde estava o Menino Jesus, Maria e José.
Essa estrela recebeu o nome de Estrela de Belém e o seu brilho intenso foi uma forma de representar que Jesus seria a luz do mundo.
Astrólogos da Antiguidade tinham o costume de acreditar que alguns fenômenos aconteciam devido ao nascimento de um rei, motivo pelo qual teriam considerado a aparição da estrela como anúncio ao nascimento de Jesus.
Esse fato está registrado na bíblia, caracterizando bem essa passagem, onde é citada a própria fala desses: “onde está aquele que é nascido Rei dos Judeus? Pois do Oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo" (Mateus 2:1-2).
Os três Reis Magos eram Belchior, Baltazar e Gaspar, que levaram incenso, ouro e mirra para presentear Jesus, onde cada um deles teria um importante significado para sua vida.
O incenso foi dado para manter o bebê protegido, representando a fé, a oração que chega a Deus através da fumaça.
O ouro foi ofertado para representar a realeza, para trazer-lhe riquezas, providência e proteção divina.
A mirra, um óleo extraído de uma árvore com o mesmo nome, considerado anti-séptico, foi dado a Jesus como presente para fazer a limpeza de seu corpo e ao mesmo tempo protegê-lo contra as doenças.
Astrônomos do século XVI explicaram tal fato como se a Estrela de Belém fosse um cometa, mais precisamente o cometa Halley. Porém, este cometa apareceu bem antes do nascimento de Jesus, no ano 12 a.C. Além disso, outros cometas poderiam ter sido confundidos com a estrela de Belém, mas registros astronômicos comprovam que nenhum deles passou pela Judéia, podendo ser visto a olho nu, na época do nascimento de Jesus.
Hoje em dia, a estrela de Belém é caracterizada como um importante símbolo de natal, tendo uma cauda bem maior que seu tamanho.
Patricia Lopes, por Isa sakura.

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